Os abrigos estão lotados de crianças à espera de adoção. Além de casos de abandono pela mãe, existem menores que já foram vítimas de abuso sexual.

Existem casos de meninas que engravidaram do próprio pai, crianças que tiveram todos os irmãos adotados e se sentem rejeitadas porque não foram escolhidas por uma família substituta. Há também os adolescentes que foram separados dos pais após inúmeras agressões físicas. Outros foram adotados e, depois, devolvidos pelas famílias substitutas sem explicações. 

O perfil de quem está em abrigo mudou nos últimos dez anos. Antes, a questão econômica era a principal causa da separação de pais e filhos. Hoje, a violência doméstica – inclusive o abuso sexual – lidera o número de ocorrências, seguida pelo abandono provocado pelo vício em drogas.  Esse é um retrato que se reflete em todo o país.

Pesquisa

De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo (SMADS), há 2,3 mil vagas para crianças na rede de instituições conveniadas. Dessas vagas, 3,3% são ocupadas por vítimas de violência sexual.

A prefeitura informou que nos Núcleos de Proteção Social Especial, voltados para atender menores vítimas de abuso e suas famílias, são atendidas em média 1.000 pessoas por mês.

Drogas

Além dos maus-tratos e do abuso sexual, as drogas são muitas vezes responsáveis pela destruição do lar, (crianças que são abandonadas pelos pais viciados, mas também ocorrem situações em que os próprios adolescentes são viciados).